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sexta-feira, 29 de junho de 2012

"Desiderata"


Siga tranquilamente entre a inquietude e a pressa,
lembrando-se de que há sempre paz no silêncio.
Tanto quanto possível sem humilhar-se, mantenha-se 
em harmonia com todos que o cercam.
Fale a sua verdade, clara e mansamente.
Escute a verdade dos outros, pois eles
também têm a sua própria história.
Evite as pessoas agitadas e agressivas:
elas afligem o nosso espírito.
Não se compare aos demais, olhando as pessoas
como superiores ou inferiores a você: isso o
tornaria superficial e amargo.
Viva intensamente os seus ideais e o
que você já conseguiu realizar.
Mantenha o interesse no seu trabalho, por mais
humilde que seja, ele é um verdadeiro tesouro
na continua mudança dos tempos.
Seja prudente em tudo o que fizer, porque o
mundo está cheio de armadilhas.
Mas não fique cego para o bem que sempre existe.
Em toda parte, a vida está cheia de heroísmo.
Seja você mesmo.
Sobretudo, não simule afeição e não transforme o
amor numa brincadeira, pois, no meio de tanta
aridez, ele é perene como a relva.
Aceite, com carinho, o conselho dos mais velhos
e seja compreensivo com os impulsos
inovadores da juventude.
Cultive a força do espírito e você estará preparado
para enfrentar as surpresas da sorte adversa.
Não se desespere com perigos imaginários: muitos
temores têm sua origem no cansaço e na solidão.
Ao lado de uma sadia disciplina conserve,
para consigo mesmo, uma imensa bondade.
Você é filho do universo, irmão das estrelas e árvores,
você merece estar aqui e, mesmo se você não pode perceber,
a terra e o universo vão cumprindo o seu destino.
Procure, pois, estar em paz com Deus,
seja qual for o nome que você lhe der.
No meio do seu trabalho e nas aspirações, na
fatigante jornada pela vida, conserve, no mais
profundo do seu ser, a harmonia e a paz.
Acima de toda mesquinhez, falsidade e
desengano, o mundo ainda é bonito.
Caminhe com cuidado, faça tudo para ser feliz
e partilhe com os outros a sua felicidade".

Desiderata - Do Latim Desideratu: Aquilo que se deseja.
Texto foi encontrado na velha Igreja de Saint Paul,
Baltimore, traduzida por Jehud Bortolozzi -
datada de 1.684 (1692), citado no livro
"Mensagens do Sanctum Celestial",
do Fr. Raymond Bernard.
O texto é de Max Ehrmannn e
foi registrado pela primeira vez em 1927.
Hoje em dia pertence à © Robert L. Bell.