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sábado, 16 de agosto de 2008

"Funeral Blues"

Pare todos os relógios, desligue o telefone,
Impeça o cão de latir com um osso suculento,
Silencie os pianos e com tambores lentos
Tragam para fora o caixão, deixe o cortejo vir.
Deixe os aviões circundarem alto
escrevendo  no céu a mensagem ELE MORREU,
Coloquem laços pretos em volta do 
pescoço branco das pombas públicas.
Deixe os polícias de tráfego 
usarem luvas pretas de algodão.
Ele era meu norte, meu sul, meu leste e oeste,
Minha semana de trabalho e meu descanso de domingo,
Meu meio-dia, minha meia-noite, minha conversa, minha 
canção; eu pensei de que o amor duraria para sempre: 
Eu estava errado.
As estrelas não são queridas agora: apague-as, 
cada uma; guarde a lua e desmonte o sol;
Derrame longe o oceano e jogue fora as florestas.
Pois de nada agora pode sempre vir o bom.

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